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Como funciona a geração distribuída de energia?
A geração distribuída de energia é uma excelente alternativa para as demandas do cenário atual. Um contexto que, diga-se de passagem, atrai cada dia mais olhares e oportunidades.
A necessidade de suprir a procura crescente por novas possibilidades energéticas, combinada com um compromisso cada dia maior com a responsabilidade ambiental, tem levado empresas a explorar alternativas inovadoras.
Desta forma, em razão da densidade e importância do assunto, trouxemos um conteúdo completo neste artigo.
Continue conosco e boa leitura!
Entenda o funcionamento da geração distribuída
A RN/2012 criou no país a geração de energia distribuída conectada à rede elétrica, possibilitando às pessoas – físicas e jurídicas – a geração de sua própria energia.
De forma simples, conectada ao sistema elétrico e sem muitas burocracias.
Isso significa que, para implementar essas pequenas usinas renováveis, não há necessidade de concessões públicas, o que fica ainda mais interessante com o sistema de compensação elétrica.
Vale lembrar que existem dois tipos de geração distribuída, ambas regulamentadas pela Aneel: a microgeração e a minigeração.
- Microgeração: central de produção de energia elétrica com potência instalada igual ou menor que 75kW;
- Minigeração: trata-se de uma central de produção com potência instalada de 75kW até 3MW para fonte solar e 5M para outras fontes renováveis.
Além dessa divisão, existem modalidades nesse formato de geração, pauta principal do nosso próximo tópico.
Saiba as modalidades do sistema de geração distribuída de energia
Como estamos falando do funcionamento da geração de energia distribuída, é necessário conhecer os detalhes de cada uma das modalidades desse sistema.
Geração compartilhada
Nesta modalidade, a principal característica é a união de duas ou mais empresas e até pessoas físicas em uma única unidade. Como o nome já diz, trata-se de uma geração compartilhada.
O procedimento é viável por consórcio, cooperativa ou qualquer forma de associação civil, com possibilidades de composição tanto por pessoa física quanto jurídica.
Essa é uma opção muito escolhida para sistemas fotovoltaicos, principalmente fazendas solares.
Geração na unidade consumidora
Esse é o caso no qual o sistema de geração de energia é instalado no mesmo endereço e no mesmo ponto de conexão com a rede distribuidora que a unidade de consumo.
Como principais exemplos, temos as casas ou estabelecimentos comerciais que instalam placas fotovoltaicas para gerar energia solar.
Um adendo sobre essa modalidade é que a energia gerada é usada para abater o consumo da própria unidade consumidora, ou seja, é inviável a transferência de crédito.
Autoconsumo remoto
Na modalidade de autoconsumo remoto, a mesma pessoa – jurídica ou física – pode gerar energia em uma unidade e distribuir o excedente entre outras unidades consumidoras.
É um caso no qual além de estarem na área de concessão da mesma distribuidora, as unidades devem estar no mesmo nome do titular.
Essa é uma modalidade altamente indicada para atender, por exemplo, uma empresa que gere energia e queira usar seus excedentes para abater contas de consumo de suas filiais.
Cenário brasileiro: redução nos gastos com energia
O cenário mundial de energia solar é cada dia mais promissor e o Brasil faz parte disso. Afinal, nosso país está entre os dez maiores produtores de energia solar do mundo.
Só em 2023 a previsão de investimento é de 38 bilhões, chegando no mês de dezembro com 26GW de potência gerada. E quando se trata de energia distribuída, o solo nacional apresenta enorme potencial.
As condições climáticas do país favorecem o crescimento desse tipo de geração, resultando em instalações de sistemas fotovoltaicos nos comércios, indústrias e até residências.
Como resultado desta evolução temos uma grande queda nos custos para a compra de equipamentos, instalações e manutenções.
Além da economia no investimento, pois quem adere ao sistema conta com grande redução na conta de energia, sendo esse um dos principais fatores que alavancam o crescimento e popularização do setor.
Principais vantagens
A geração distribuída apresenta benefícios significativos nos âmbitos econômico, ambiental e social.
Saiba quais são os principais benefícios:
Eficiência na redução de perdas
A descentralização da geração possibilita a produção de energia no local de consumo, minimizando a necessidade de transporte de eletricidade por longas distâncias.
Isso não apenas diminui as perdas energéticas, mas também otimiza o funcionamento do sistema elétrico, evitando altos investimentos em linhas de transmissão.
Estímulo a investimentos diversos
A geração distribuída motiva indivíduos e empresas a criar suas próprias fontes de energia. O financiamento pode ser proveniente de recursos próprios ou de financiamento externo.
Essa abordagem evita que o governo seja o único responsável por grandes usinas, eliminando a necessidade de leilões extensos e burocráticos.
Criação de oportunidades de emprego
Com a instalação de inúmeros geradores de pequena escala, a geração distribuída impulsiona investimentos em âmbito local, gerando empregos e dinamizando diversos setores econômicos, desde a fabricação até a implementação dos sistemas.
O papel das baterias na geração distribuída
As baterias são elementos essenciais para otimizar o processo de adesão e funcionamento dos sistemas de geração distribuída de energia. Elas oferecem regulação, controle de tensão e gestão eficiente dos picos de demanda.
Mas o que isso significa, afinal?
De forma resumida, significa que elas possuem a capacidade de fazer um melhor gerenciamento da energia que será utilizada. A energia gerada durante o dia, quando há luz solar, pode ser armazenada e utilizada em momentos em que a tarifa é mais cara.
Com a crescente demanda por fontes de energia mais sustentáveis e eficientes, a energia solar se tornou uma solução essencial, especialmente com a lei 14.300 na jornada rumo a um futuro mais verde.
Saiba mais sobre o assunto com a gente.